sexta-feira, 5 de outubro de 2018

"Febre do Rato (2011)

Febre do Rato é um filme daqueles que te deixam pensando durante dias depois de assisti-los. Esse termo "Febre do Rato" é uma expressão popular de Recife para se referir a algo ruim, estressante. O filme é todo em preto e branco o que deixa mais artístico e profundo. Do mesmo diretor de Amarelo Manga, Claudio Assis. Subversivo com seu tabloide (um zine) e seus pichos pela cidade, Zizo é um anarquista poeta que arma uma batalha pessoal contra o sistema. Totalmente desprendido de pudores sexuais tem uma vida de extrema liberdade até confrontar com pessoas das quais ele começou a incomodar gerando consequências para o personagem. Ele se apaixona por Eneida uma mulher que não tem o mesmo sentimento por ele, mas não se importa e ser sua musa de inspiração e assim vai rolando a trama com várias alfinetadas a sociedade, a politica e os padrões. No elenco temos Irandhir Santos, Nanda Costa e Matheus Nachtergaele entre outros tão bons quanto eles." Agora fiquem com o Trailler https://www.youtube.com/watch?v=ow07S72zhbw

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Pixote - A Lei do Mais Fraco (1981)

Pixote - A Lei do Mais Fraco (1981) "Pixote - A Lei do Mais Fraco" é um filme daqueles que você não consegue ignorá-lo depois de assisti-lo. Um retrato duro sobre a realidade brasileira na década de 70 retrata por crianças e adolescente fugitivos da FEBEM, instituição falida da qual preparava para o crime ao invés de dar oportunidade. O protagonista é um menino chamado Pixote (Fernando Ramos da Silva) de 10 anos que após ser colocado na FEBEM por sua mãe, acreditando que na instituição o menino teria a chance de um futuro melhor, entretanto a realidade era bem diferente, sofrendo maus tratos e vivendo em meio a "marginais formados" pela falta de oportunidade o nosso protagonista vê sua inocência perdida a cada delito praticado pela sobrevivência. Após fugirem da FEBEM Lilica entra em contato com Cristal um fornecedor, embarcam assim numa viagem para o Rio de Janeiro para tentarem ser traficantes. Ridiculamente falhando conhecem uma prostituta (Marilia Pera) da qual arrumam sustento roubando os clientes dela. Assim a trama acontece, rodeada de prostituição, violência e pobreza. Entrando nesse assunto sobre a FEBEM conhecida por fugas, rebeliões, maus tratos, superlotação e tortura, o fracasso estava fadado ao ponto em que a FEBEM se tornava um sistema carcerário camuflado pela falsa oportunidade aos menores. Em 2003 foram registradas 80 rebeliões e inúmeras denúncias ao ministério público e outras entidades dos direitos humanos. Em 2006 as medidas socioeducativas são feitas, tornando a FEBEM na Fundação CASA. Vários complexos foram desativados e funcionários afastados, mas as coisas continuam parecidas, a mudança foi só de nome. O silêncio tomou conta, muita coisa errada ainda rola lá dentro, como excessos de remédios, pacientes dopados e mortes registradas. Vale lembrar que o Ator principal do filme acabou levando a vida do Pixote na vida real, sendo assassinado pela polícia em 25 de agosto de 1987. Fonte: https://www.revistaforum.com.br/de-febem-a-fundacao-casa/

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O Fim e o Princípio Eduardo Coutinho

O Fim e o Principio, singelo e impactante. Pessoas simples surradas do sol trabalhando ou que, trabalharam na lavoura. Passa-se no sertão da Paraíba em um pequeno povoado da cidade São João do Rio do Peixe onde quase todo mundo é de certa forma da família. O contraste da paisagem seca, laranja que se instala ao redor passa a sensação de calor, de vida difícil e de mesmice. Gravado de uma forma natural com perguntas feitas de atrás da câmera explorando a espontaneidade do narrador. Coutinho buscou o total acaso para realizar este filme que foi uma verdadeira aventura indo para uma realidade lenta e reflexiva. Por vários momentos nota-se uma proximidade grande entre os entrevistados e o entrevistador com certa cumplicidade deixando esse filme mais pessoal. É um documentário bem honesto, você percebe que o povo é simples, trabalha com a terra, não tem muita riqueza material, e mesmo assim oferecem um café, as pessoas que já vão entrando, são receptivos e acolhedores. Você vê a cultura do lugar brotar e entende o contexto e a vida daquele local. É antropológico, o silencio fala. Uma realidade com outras prioridades e com um preconceito distinto dos grandes centros. Percebemos mulheres fortes que ao perderem os maridos optaram por não se casarem novamente, inclusive uma que nunca casou e nem teve filhos, está mesma que espera ansiosamente o pagamento de sua aposentadoria, para pagar todas as suas dividas ir para casa pitar seu cachimbo e beber até adormecer em sua rede enquanto vê a noite chegar. Eduardo Coutinho deixa a cultura do lugar aflorar. Prestar atenção no dialeto, na geografia e cultura do lugar, região do sertão, árida bem diferente do clima da praia ou grandes cidades, os corpos falantes que produzem a cena num dialeto quase que não compreendido se não fossem os gestos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Bicho de Sete Cabeças

Bicho de sete cabeças", lançado em 22 de junho de 20012 conta a história de um adolescente normal (Rodrigo Santoro) como qualquer outro. Visto aos olhos do pai, um rebelde, que apesar de uma educação extremamente conservadora passou a fazer uso de drogas (maconha). Ao descobrir que seu filho se tornou usuário, o pai toma uma medida drástica. Interna seu filho em um hospital psiquiátrico com a esperança de livra-lo do vício. Acontece que o garoto é submetido à barbaria do eletrochoque criando traumas irreversíveis. A atuação dos internos realmente passa veracidade fugindo do estereótipo clichê, como o personagem Ceará vivido por Gero Camilo. A atitude do pai, atuação de Othon Bastos é de uma “crueldade provocada, por incrível que pareça, por uma intenção `nobre` – porém, sua ignorância deturpa suas ações.” (http://arquivo.cinemaemcena.com.br) O filme dirigido pela diretora Laís Bodanzky é uma denúncia gravada sobre a situação manicomial no Brasil extremamente precária e sem estrutura psicológica de tratar um ser humano. Essa a polemica real é o motivo da escolha desse filme, gerar o debate sobre o sistema manicomial brasileiro. O filme inspirado no livro “O Canto dos Malditos uma mostra autobiográfica de Austregésilo Carrano”, traz um retrato assustador da sua estadia em um hospício, comparado com o inferno bíblico. Assunto relevante que gera o debate, o tratamento com os julgados loucos tira o caráter humano de uma pessoa, ela deixa de ser gente, os pacientes são tratados como sub-humanos não levam em consideração a característica individual de cada um. A loucura é vista como tabu e o louco um qualquer. Os manicômios são vistos como verdadeiras "casas de extermínio". 80% dos pacientes viram habitantes do local ou morrem ali mesmo, fora a prisão psíquica (através de medicamentos) e física que são submetidos, tornando-se mortos-vivos incapazes de voltar para a realidade do mundo. “Poucas pessoas sabem disso, mas o sistema manicomial brasileiro tornou-se, nas últimas décadas, uma espécie de indústria incrivelmente lucrativa: além das milionárias (e mal-empregadas) verbas injetadas pelo governo (algo que é ilustrado no filme), ainda há um assustador `mercado` de cadáveres, já que várias faculdades de medicina utilizam os corpos de ex pacientes psiquiátricos como espécimes de estudo de anatomia. Ao retratar um mundo em que `cura` é um conceito tragicamente abstrato, Bicho de Sete Cabeças emociona profundamente. E o que é mais importante, faz pensar.” (Fonte Pablo Villaça). No livro Holocausto Brasileiro de 2013 da jornalista Daniela Arbex temos o depoimento do, na época estudante de medicina Paulo Henrique Alves que diz o seguinte: “No primeiro ano de medicina, não tínhamos ideia da crueldade que estava por trás daquelas peças. Às vezes, ao dissecarmos um pulmão, percebíamos a presença de tuberculose, e os professores diziam que isso era comum nos cadáveres de Barbacena. Também chamava a atenção a magreza dos corpos usados nas aulas de anatomia. No entanto, a própria questão da loucura era uma coisa distante para mim naquele momento. Mais tarde, comecei a tomar conhecimento do que se passava naquele hospital... Quando os corpos começaram a não ter mais interesse para as faculdades de medicina, que ficaram abarrotadas de cadáveres, eles foram decompostos em ácido, na frente dos pacientes, dentro de tonéis que ficavam no pátio do Colônia. O objetivo era que as ossadas pudessem, então, ser comercializadas” Por aí vocês percebem a importância deste filme brasileiro. Vale muito a pena investir seu tempo para conhecer essa obra e ficar por dentro de um mundo que só muda quando nós abrimos os olhos para esse tipo de situação. Para quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto, segue alguns links interessantes Sobre a luta Antimanicomial http://www.politize.com.br/luta-antimanicomial-o-que-e/ Livro “Holocausto Brasileiro”. http://politicaedireito.org/br/wp-content/uploads/2017/02/Holocausto-Brasileiro-Daniela-Arbex-1.pdf E para concluir, o Trailer para dar aquela conferida! Abraço e boa semana.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Estamos aí na atividade!

Essa semana que passou exibimos nossa primeira sessão de filme com o “Cinema, Aspirinas e Urubus” com o convidado crítico de cinema Luiz Gustavo Vilela. Foi de muita importância o dialogo após a exibição acrescentando outras maneiras de pensar e interpretar o filme. A reflexão Humana e o estimulo gerado por uma produção audiovisual é posta em prática nesse tipo de discussão gerando uma aprendizagem inovadora na questão pedagógica. Levando em consideração que filmes retratam a criação humana e seu pensamento, portanto educam naturalmente. Utilizando essa ferramenta para problematizar conteúdos torna-se a aprendizagem mais dinâmica que um livro de didático, sendo de mais fácil absorção do conteúdo no estimulo audiovisual. Nessa discussão do Projeto 116 que passou podemos notar presente os três princípios da educação por meio de um filme segundo o guia Using Films in schools da Inglaterra: 1- O crítico, que diz respeito à compreensão e à análise de filmes; 2- O cultural, que refere ao aprofundamento da experiencia de ver um filme, podendo ser exibidos filmes poucos usuais na televisão e nas salas de cinema do Brasil; 3- O criativo, referende-se à importância de os alunos fazerem seus próprios filmes. O diferencial da apresentação de filmes é seu poder de viajar em histórias ilustradas e musicadas sem precisar de fato viver o ocorrido. É de grande satisfação participar de um Projeto tão rico. Assistam filmes nacionais, façam filmes! Abraço e até a próxima.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Hoje vamos falar do filme “Cinema, urubus e aspirinas” do diretor Marcelo Gomes, ganhador no ano de 2006 de melhor filme brasileiro. É importante dizer que o filme se passa em 1942 época que a Europa estava vivendo a segunda guerra mundial. E nesse mesmo ano Getúlio Vargas deixa a neutralidade e declara guerra aos alemães. Um dos personagens principais um imigrante alemão, Johan (Peter Kenath) circula com um caminhão vendendo Aspirina no sertão nordestino. No habito de dar carona para os moradores acaba conhecendo Ranulpho (João Miguel) que sonha em ir para o Rio de Janeiro. Assim o filme segue de maneira calma e natural mostrando a amizade que brota entre os dois. Um da terra seca e pobre e o outro que opta pela terra seca, mas nem tão pobre, que vive aqui porque não caem bombas do céu. A ideia que temos é que o caminhão de Aspirina traz o “progresso”. Muitos dos que estão ali nunca tiveram contato com o cinema antes de sua chegada. O povo deslumbrado pela novidade depois de uma sessão de filmes intercalada com uma propaganda do produto mostra o poder da influência áudio visual em nossas vidas desde os primórdios. O trabalho fotográfico do filme é impecável, com enquadramentos e luzes que geram sensações. A imagem estourada refletida no retrovisor do caminhão, a pele queimada do sol que te transporta para o sertão, mas não o sertão caricato, um sertão ardido. É interessante observar como a paisagem é um personagem para história, tal como os urubus que volta e meia surgem como figurantes no fundo dos planos. Em nenhum momento o diretor camufla as dificuldades vivida pelo povo que ali habita, mas também não vitimiza. A história do filme é baseada nos relatos de Ranulpho que conta que até no lugar onde ninguém pisou a Aspirina passou. Cinema, aspirinas e urubus é cheio de críticas bem elaboradas que valem a pena serem comentadas. Da guerra que o único sentido é a morte, e do sertão que mesmo na seca extrema existe vida. Bora conferir esta grande obra brasileira!? Quando? Dia 21/06/2018 ás 13:30h até as 16:30h Onde? Sala 116 – IFPR - Curitiba Esperamos vocês lá! Segue o link do Trailer para dar aquela aquecida. https://www.youtube.com/watch?v=iruX5aGznlI No aguardo. Abraço!

terça-feira, 5 de junho de 2018

Cinema e Educação

O Cinema é uma mídia de entretenimento, mas ao mesmo tempo é a cara da cultura, costumes, dialetos, aspectos físicos entre outros. Um país tão grande que conseguimos ver a diferença de regiões sem precisar viajar. Com a ajuda da sétima arte entramos em barracos e castelos, temos contato com vidas que não estão presentes no nosso dia-a-dia. Esse aspecto é muito importante para compreendermos as diferentes realidades que nos circundam. Afins didáticos vemos o cinema como um auxiliador do(a) professor(a). Essa ideia não é nova, já com a chegada da república o Brasil sentiu-se na necessidade de se modernizar. Como está citada na Tese de Claudia de Almeida Mogadouro – Educomunicação e escola: o cinema como mediação possível “... Embaladas pelo desejo de modernização do país, manifestavam-se em dois polos: a necessidade de uma expansão na rede escolar e da desanalfabetização da população, portanto, voltava-se para um desenvolvimento quantitativo da educação; e, em contraponto, uma proposta de otimização do ensino, uma melhoria qualitativa das condições didáticas e pedagógicas da rede escolar.” O cinema pode ser usado como complementador de conteúdo, como conteúdo para depois serem debatidos. De qualquer forma. só o filme em si, sem uma conversa, pode passar despercebido e não cumprir a função de ensino, é importante o dialogo com os (as) estudantes antes e/ou depois da exibição. Os filmes não têm o poder DE sozinhos resolverem os problemas vividos pelos(as) professores(as). Com o desenvolvimento da tecnologia (VHS, DVD, internet) mudou substancialmente o ensino, sendo um facilitador e se vendo mais presente nas salas de aulas. O prof. Dr. Marcos Napolitano disse o seguinte: “Minha utopia pessoal: recuperar a capacidade de escrita logo nas primeiras fases da escola. Paralelamente é preciso encarar o desafio do chamado mundo audiovisual. As duas coisas têm que caminhar juntas...” pois muitos dos (AS) alunos (AS) veem, mas não entendem e nem fazem força para entender, aí está o desafio, instigá-los a entender a mensagem e não apenas o superficial da história, o básico sem os detalhes. É importante problematizar para gerar um debate. Para concluir, devemos lembrar sempre que o filme por mais que queria imitar a realidade é ficção e não devem ser levados comO verdade, por mais que seja baseado em fatos-reais, é sempre uma base. Abraço e até semana que vem.

domingo, 3 de junho de 2018

Um pouco da nossa história

O cinema no Brasil iniciou-se 7 meses depois da primeira sessão de cinema do mundo dos irmãos Lumière na França. Um Belga chamado Henri Paillie trouxe um cinematógrafo que chegou a cidade de São Paulo na Av. Ouvidor em 1996. É importante situar que acabávamos de virar uma república (1889) que sistematizava no Brasil a separação da igreja e estado conforme o novo regime. Sendo assim um marco para educação também, que passava a ter mais liberdade. Os filmes da época relatavam a realidade do cotidiano, tinham por volta de um minuto e contavam com algum músico fazendo a trilha sonora ao vivo. O Primeiro filme feito no Brasil foi "Ancoradouro de pescadores na baia de Guanabara", que infelizmente não existe mais, pois a película é muito inflamável e a maioria dos filmes foram destruídos pelo fogo ou reaproveitado para fazer novos filmes, já que a mesma não era muito acessível. Quase não existem vestígios dos primeiros filmes. Em 1929 é marcado pelos os filmes sonoros. O primeiro é “Acabaram-se os otários” de Luiz de barros, mas “Limite” do Mario Peixoto de 1930 ainda mudo, é considerado pelos críticos o melhor filme Brasileiro de todos os tempos, inovando na mensagem passando conteúdos com flash backs (algo novo). Em 1949 surgiu a maior produtora do Brasil da época que durou 5 anos, a Vera Cruz que produziam filmes e vendiam para Columbia (EUA). Este fato acabou trazendo a falência da mesma, mas o seu legado em qualificação de profissionais é sentido até hoje. Um exemplo a empresa de dublagem Álamo. Depois veio a era das Chanchadas que tinha como objetivo os atores. Eram sempre os mesmos galãs, as mesmas mocinhas e o publico era movido pelos atores e não pela história. O conteúdo era normalmente cômico. O Cinema Novo na década de 70 veio na mesma época que o cinema mundial passava por modificações, na Itália com o Neo Realismo e na França com o Nouvelle Vague. No Brasil o cinema novo era mais uma câmera na mão. Nessa época os filmes migraram da região Rio/São Paulo para abranger outras culturas e lugares do país. Temos nomes como Glauber Rocha e Ruy Guerra. Uma breve passagem com o Cinema Marginal (1968 até 1972) foram os filmes experimentais de baixo custo, um exemplo é “O Bandido da Luz Vermelha”. (Excelente clássico diga-se de passagem). Nessa mesma época foi criada a Embrafilme, o dedo do estado na industrial cinematográfica que durou de 1969 até 1982. Foi criado o instituído nacional do cinema mais ou menos como funciona a ANCINE, os filmes de fora agora pagavam para entrar no Brasil e a verba recolhida era usada para a industria do cinema nacional. Outra fase marcante do cinema brasileiro é o Pornô Chanchada, um misto de erotismo e humor feitos na famosa Boca do Lixo. Eram um sucesso de público. Caíram em decadência após a chegada do pornô explícito. Em 1980 com a dívida externa temos pouquíssimos filmes produzidos, foi a época dos curtas. A lei exigia que antes de um longa ser mostrado um curta brasileiro deveria ser exibido. De 1990 até 1992, era Collor extinguiu-se todas as instituições como, Embrafilmes, Concine Fundação do Cinema e até do Ministério da Cultura. Considerado este, o período sombrio/médio do cinema brasileiro. A Retomada de 1992 a 2003. Após à queda de Collor, foi visto como importante o investimento na cultura com isso veio a lei do áudio visual, a criação da Globo Filmes entre outros investimentos na área. O Período Pós Retomada é a consolidação da indústria brasileira até os dias de hoje. Espero que tenham gostado dessa breve introdução ao nosso cinema. Grande abraço! E até breve.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Chegando na área!

Projeto 116 é uma realização do IFPR (Instituto Federal do Paraná) e vem por meio desde blog analisar a obra fílmica nacional em seu contexto artístico, político, histórico, sociológico e geográfico, visando contribuir para a valorização da nossa cultura.
Aqui nesse blog será contada um pouco mais sobre a história do cinema brasileiro e detalhes sobre os seus filmes. Tentaremos fugir das sinopses tradicionais e destrinchar com mais detalhes o seu contexto. Como, a onde se passa a história? Como funciona esse lugar? Em que época acontece? Qual o seu contexto político? Qual o desenvolvimento cultural? Sua questão psicológica?
É fundamental pensar e se questionar sobre o que vemos, o porque as coisas acontecem com respostas mais profundas, levando sempre em consideração a diferença entre documentário e ficção. Temos aqui uma citação que Daniel Marcolino Claudino de Souza comenta em sua tese - O cinema na escola: Aspectos para uma (Des)Educação - “Os filmes que circulam no mercado também fazem seleção e recortes conceituais. Por isso, um filme, a rigor, deve ser tomado como ficção e não veículo de verdade, cabendo perguntar-se a que público determinado filme se refere. A maioria das pessoas no filme é branca? Qual o tratamento dado a essas pessoas? Há negros e qual o seu papel no filme?”. A reflexão sobre a mensagem principal da obra deve ser analisada junto com suas variantes.
Então a ideia deste blog é gerar o debate e questionamento.
Para darmos uma introdução com título histórico, vou postar o link aqui do primeiro vídeo clipe brasileiro, uma canção popular, muitos dizem ser o primeiro vídeo clipe da história, pois na época 1964 as bandas estavam fazendo o formato longo como um filme musical e não o vídeo clipe com o formato de uma música só. O Diretor tinha como objetivo fazer um curta metragem e o resultado foi inovação. Tem como ator principal uma velha a fiar, que foi interpretada por Matheus Collaço por não ter achado uma mulher para o papel na época.
Nós vemos semana que vem o/
Nome: A Velha a Fiar.
Ano: 1964
Música: Trio Irakitan
Composição: Aldo Taranto
Diretor: Humberto Mauro
Elenco: Matheus Collaço
Formato: 35mm